Embora o ano tenha começado com muitas incertezas para o cenário econômico, como a redução do auxílio emergencial, que traria impactos sobre o consumo, e as expectativas em torno da inflação, diversos setores continuaram se movimentando e apresentaram recuperação, entre eles, o transporte de cargas. “O setor de transporte não parou durante a pandemia. Além disso, a alta projeção do PIB, o cenário ainda de juros baixos, a expectativa em torno da vacina contra a covid-19 e o crescimento do e-commerce, além do baixo impacto que a pandemia teve sobre o agronegócio brasileiro, colaboraram para as transportadoras de maneira geral”, destaca o presidente do Setsul, Néliton Antônio Bastos.
Segundo a pesquisa Radar CNT do Transporte, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor cresceu 3,6% em volume de serviços no primeiro trimestre de 2021 em relação ao trimestre imediatamente anterior. Este desempenho está acima do registrado pela economia brasileira, que também teve alta de 1,2% no mesmo período. Outro levantamento, o Painel do Emprego, também da CNT, diz que o transporte rodoviário de cargas brasileiro encerrou os seis primeiros meses do ano com 62.048 novos postos de trabalho. O saldo positivo é resultado das 293.201 admissões frente aos 231.153 desligamentos. Minas Gerais ficou com um acumulado de 7.638 novos trabalhadores no setor.
Dessa forma, a prestação de serviços às transportadoras do Sul de Minas seguiu a todo vapor no Setsul. O Sindicato tem registrado boa movimentação nas frotas de veículos e o crescimento de aberturas de pequenas empresas na região. Nos últimos anos, foram instalados diversos centros de distribuição e também novas indústrias como a Ambev, o que tem beneficiado as transportadoras, trazendo novas expectativas de crescimento. “A expectativa é das melhores, principalmente porque temos projeções positivas de outros setores. Ainda temos desafios para superar, como a alta do diesel e a escassez de insumos, mas o setor está se preparando, qualificando pessoas, buscando novas formas de operação, comercialização e negociação, automatizando processos e investindo”, finaliza o Presidente do Sindicato.
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