O valor dos combustíveis deve aumentar em torno de 12% até o fim do ano. Quem afirma isso é o professor da Fundação Dom Cabral (FDC) e membro da Comissão de Tecnologia e Inovação do Instituto Brasileiro de Petróleo, Hugo Tadeu.
Segundo o estudioso, mais reajustes estão ligados a oferta e demanda e explica que durante a Pandemia o mundo parou, mas com o retorno das atividades o Brasil está com dificuldades.
“Nós precisamos lembrar que durante a pandemia tudo parou. As pessoas ficaram sem usar carro. Então, não havia demanda alta por combustíveis para o abastecimento. A produção industrial também se manteve parada por um tempo. E agora, todo mundo voltou para o mercado. E a gente (a Petrobras) não tem capacidade de refinar isso tudo. A Petrobras está precisando importar diesel”, pontuou o professor da FDC em entrevista ao Diário do Comércio.
Em Minas Gerais os custos apresentam variações grandes e os donos de postos estão preocupados, considerando, sobretudo, que as margens estão ficando mais apertadas.
De acordo com Carlos Guimarães, Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro), os preços assustam também os donos de postos.
“A sociedade como um todo está muito assustada, porque o combustível está muito caro. Nós, donos de postos, concordamos que está caro. Mas não é porque nós repassamos isso ao consumidor. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por exemplo, a margem do posto de gasolina está em torno de 5%. Ou seja, temos 30 centavos por litro para o posto”, finalizou.