Este foi o terceiro mês seguido do transporte de cargas, que acumulou alta de 5,8% no período e atingiu novo recorde de sua série histórica, iniciada em 2011
Com safra recorde, o transporte de cargas subiu 1,4% em julho, ante junho, e puxou a alta do setor de serviços no mês, de 0,5%. A avaliação foi feita pelo gerente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Rodrigo Lobo, ao comentar o resultado da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).
Este foi o terceiro mês seguido do transporte de cargas, que acumulou alta de 5,8% no período e atingiu novo recorde de sua série histórica, iniciada em 2011. A atividade se encontra em patamar 44,1% superior ao fevereiro de 2020, marco do pré-pandemia. Dentro do transporte de cargas, o destaque é o rodoviário. O segmento de transportes, do qual o transporte de cargas é parte, voltou ao campo positivo em julho, com crescimento de 0,6%, após recuo de 0,4% em junho.
“O setor de serviços cresceu 0,5% em julho, o terceiro mês seguido, com ganho acumulado de 2,2%. Esses três meses têm sido em grande medida capitaneados pelo transporte RODOVIáRIO de carga. Não por acaso o transporte de carga renova o ponto mais alto de sua série”, disse.
No pós-pandemia, explicou Lobo, o transporte rodoviário de cargas avançou pelo boom do comércio eletrônico, com a migração das lojas físicas para as plataformas digitais. Nessa mudança, houve o que ele chamou de “pulverização das entregas de mercadorias”, que antes eram levadas para as lojas físicas e agora vão direto para as casas das pessoas.
No momento, no entanto, apontou Lobo, a agricultura tem mais influência nesse desempenho do transporte de cargas.
“Hoje esse fator perde para a questão agrícola, uma vez que o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) vem prevendo uma série de recordes de safra para o milho e a soja. Mês a mês se revisa as previsões de recordes de safra. Isso aumenta muito a demanda do transporte de cargas, tanto pelo fluxo de insumos, como os fertilizantes, quanto pelo próprio escoamento da produção agrícola “, disse.
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