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Padilha diz que governo vai corrigir ‘imprecisões’ na tabela do frete

Tabela com preço mínimo do frete foi um acordo do governo com caminhoneiros grevistas. Segundo ministro da Casa Civil, nova tabela será publicada ‘no menor prazo possível’.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta quinta-feira (7) que o governo vai publicar uma nova tabela de preços mínimos dos fretes para corrigir “equívocos” e “imprecisões”.

A tabela com preço mínimo do frete foi um dos acordos do governo para encerrar a greve dos caminhoneiros.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou em 30 de maio a tabela, porém setores, como o agronegócio, criticaram os valores.

Na quarta (6), Padilha e o ministro dos Transportes, Valter Casimiro, estiveram reunidos com representantes dos caminhoneiros para discutir mudanças na tabela. Segundo Padilha, a intenção é aperfeiçoar a medida adotada pelo governo.

“Vai ter tabela de frete, sim. Os próprios caminhoneiros admitiram que havia várias imprecisões, vários erros que deveriam ser corrigidos. E o ministro dos Transportes junto com Agência Nacional dos Transportes (ANTT), a agência que é encarregada de fazer esses cálculos, esses equívocos vão ser corrigidos. É o que vai acontecer, eles deverão, no menor prazo possível deverão, já publicar uma nova tabela corrigindo os equívocos verificados”, disse Padilha.

O ministro concedeu entrevista ao participar em Brasília de uma reunião da Associação Brasileira de Imprensas Oficiais.

Ele voltou a ressaltar que o governo não discute mudanças na política de preços da Petrobras para os combustíveis. Segundo ele, o debate da Agência Nacional de Petróleo (ANP) é sobre a “periodicidade” dos reajustes.

“A ANP vai exercitar sua competência de disciplinar o mercado nacional e está na perspectiva dessa disciplina que também avaliem qual seria a periodicidade para o reajuste dos combustíveis. Periodicidade, não está se falando aqui em alteração na política de preços da Petrobras”, afirmou.

A ANP aprovou a abertura de uma consulta pública para discutir a periodicidade do repasse dos reajustes dos preços dos combustíveis. O órgão vai colher sugestões entre 11 de junho e 2 de julho.

A greve dos caminhoneiros teve início em protestos contra a alta do preço do diesel e a política de preços da Petrobras. Desde julho do ano passado a estatal reajusta o preço dos combustíveis, por vezes de forma diária, refletindo as variações do petróleo e derivados no mercado internacional, e também do dólar.

Padilha ainda foi indagado se o governo avalia editar uma medida provisória para tratar de multas aplicadas durante a greve dos caminhoneiros. Segundo ele, “não há esse compromisso”.

Desconto no diesel
Padilha também foi questionado sobre quando a redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel, outro acordo do governo com caminhoneiros, chegará a todos os postos do país.

“É acabar com o estoque que existe nos postos. Eles [os postos] fazendo novas aquisições, começa a bomba a ter que ter os R$ 0,46. Isso foi uma explicação que tivemos que dar e o caminhoneiros compreenderam perfeitamente”, respondeu.

O ministro lembrou que o combustível vendido nos postos é composto por 90% de diesel mineral e 10% por biodiesel. A parcela de biodiesel não foi impactada pelo desconto de R$ 0,46 na refinaria, garantido pelo governo.

Assim, segundo Padilha, no momento o governo consegue garantir no mínimo R$ 0,41 de desconto no preço final do diesel nos postos que já renovaram estoques. Os outros R$ 0,5 variam conforme a tributação do ICMS pelos estados. Ele explicou que o valor do ICMS é calculado de 15 em 15 dias.

“O preço de pauta para pagamento do ICMS por parte das distribuidoras, nesta quinzena, ainda é o preço da pauta da quinzena de maio, onde nós não tínhamos o desconto”, declarou.

Padilha afirmou que a partir de 16 de junho o cálculo do ICMS sobre o diesel começa a contemplar o desconto de R$ 0,46. “Do dia 16 de junho a 30 de junho já vai ter uma nova projeção e, aí sim, presumo, todos os postos com os R$ 0,46 na bomba”, afirmou.

Fonte: G1